A taxa de inflação nacional atinge 10,2%, segundo a estimativa rápida de outubro divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
É o valor mais elevado desde 1992.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 10,2% em outubro, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", pode ler-se.
Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 7,1% em outubro (6,9% no mês anterior), o registo mais elevado desde janeiro de 1994.
Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de outubro de 2022 serão publicados no próximo dia 11 de novembro.
Confiança dos consumidores a recuar
Já a confiança dos consumidores voltou a diminuir em setembro e outubro, com o indicador a ficar próximo do registado no início da pandemia, em abril de 2020.
Em simultâneo, o clima económico também recuou entre setembro e outubro, “reforçando o movimento descendente iniciado em março e atingindo o mínimo desde abril de 2021”.
A evolução da confiança dos consumidores em outubro resultou, sobretudo, do “contributo negativo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, tendo as opiniões e as expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar também contribuído negativamente”, diz o INE. Por outro lado, as “perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias contribuíram positivamente”.