É a 10.ª paralisação que os motoristas da Rodoviária de Lisboa realizam desde julho do ano passado.
A greve foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) e tem como objetivo alcançar melhorias salariais.
Os trabalhadores querem ver o salário aumentar para os 750 euros, de forma a “compensar a subida do salário mínimo” e lembram que o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros.
O protesto visa ainda a “atualização do salário dos demais trabalhadores na mesma percentagem” que o dos motoristas, a “atualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais do aumento do salário do motorista”, a “redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas” e a valorização da carreira da manutenção.
Embora a administração da Rodoviária de Lisboa já tenha apresentado uma proposta para negociação salarial, as organizações sindicais consideraram-na “insuficiente”, pelo que os trabalhadores mantiveram a greve de 24 horas, acompanhada de uma greve ao trabalho extraordinário durante o mês de março.
A Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.