A União Europeia (UE) "está profundamente chocada e em luto", devido aos ataques terroristas em Paris, e sugeriu o cumprimento de um minuto de silêncio, ao meio-dia de segunda-feira, em memória dos mortos de sexta-feira.
"Foram ataques contra todos nós", lê-se numa declaração dos chefes de Estado e do Governo da UE, que garantiram que vão "enfrentar a ameaça em conjunto", com "todos os meios necessários" e uma "determinação inabalável".
"Nós, os europeus, vamos lembrar o dia 13 de Novembro de 2015 como um dia de luto europeu. Todos os europeus estão convidados a juntar-se a um minuto de silêncio, em memória das vítimas, ao meio-dia de segunda-feira, dia 16 de Novembro", lê-se na declaração conjunta.
Os líderes do espaço comunitário referiram como a França é uma "grande e forte nação" e que os seus valores de liberdade, igualdade e fraternidade "inspiraram e continuam a inspirar a UE".
"Hoje estamos unidos com o povo e o governo franceses. Este ato terrorista desprezível teve o resultado inverso do seu objectivo que era dividir para semear o medo e o ódio", segundo o mesmo comunicado.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 128 mortos, entre os quais um português, e 300 feridos, 80 em estado grave.
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em, pelo menos, seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espectáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as selecções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".