A União Europeia anuncia uma "iniciativa humanitária de emergência" para Alepo, Síria, que permita às organizações humanitárias prestar assistência de emergência aos civis, e pediu a todas as partes envolvidas no conflito o seu apoio a esta medida.
A iniciativa, adoptada em cooperação com a Organização das Nações Unidas (ONU), tem dois objectivos e o primeiro é o de "facilitar a entrega urgente de assistência básica a civis na zona leste de Alepo que cubra as suas necessidades médicas, de alimentos e água" com a ajuda de uma coluna humanitária, refere um comunicado da UE.
O segundo objectivo passa por "assegurar as retiradas médicas de feridos e doentes que precisam de cuidados médicos urgentes e que se encontram no leste de Alepo, com especial atenção aos idosos, crianças e mulheres", segundo a nota citada pela EFE.
"Apelamos a todas as partes (envolvidas) no conflito para apoiarem e facilitarem esta iniciativa", disseram a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, e o comissário de Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, citados no comunicado.
Em concreto, os responsáveis europeus pediram às partes envolvidas no conflito para que facultem as autorizações necessárias para a entrega de ajuda e as evacuações médicas que, segundo a UE, devem ocorrer não só em Alepo, mas em todas as zonas ocupadas.
Mogherini e Stylianides asseguraram que a "UE está disposta a facilitar e a apoiar a retirada e o encaminhamento dos pacientes aos serviços médicos adequados na região ou, caso seja necessário, à Europa, para receberem cuidados médicos especializados não disponíveis na região".
Ambos os responsáveis referiram igualmente, segundo o comunicado, que a UE vai disponibilizar um pacote de 25 milhões de euros de ajuda de emergência para apoiar e ampliar a primeira linha de resposta criada pelos parceiros humanitários para cobrir emergências médicas, água e saneamento, bem como assistência alimentar em Alepo e noutras áreas prioritárias naquele território.
No passado dia 22 de Setembro, as forças governamentais sírias, apoiadas pela aviação russa, retomaram a sua ofensiva sobre a cidade de Alepo, numa tentativa de progredir frente aos rebeldes, dias depois do fim de uma trégua de uma semana acordada pela Rússia e pelos Estados Unidos em todo o país.