A partir desta segunda-feira, o dispositivo de combate a incêndios florestais volta a ser reforçado com mais de 9.500 operacionais no terreno, mas dos 60 meios aéreos previstos ainda faltam sete helicópteros ligeiros, que aguardam visto do Tribunal de Contas.
Segundo a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, os meios são reforçados hoje pela segunda vez com o denominado “nível III”, que termina a 30 de junho.
Durante este período, vão estar no terreno 9.512 operacionais que integram 2.205 equipas e 2.236 viaturas dos vários agentes presentes no terreno, além de 60 meios aéreos.
No entanto ainda não estão operacionais sete helicópteros ligeiros, que depois de ter ficado resolvida, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, a providência cautelar interposta por um dos concorrentes, aguardam agora o visto do Tribunal de Contas.
O porta-voz da Força Aérea, tenente-coronel Manuel Costa, disse à agência Lusa que a situação no Tribunal de Contas deve ficar resolvida no início desta semana.
A época de incêndios tem este ano de conciliar a resposta à pandemia de Covid-19 com o combate aos fogos, nomeadamente a proteção dos operacionais envolvidos no DECIR.
Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta de que se registaram, entre 1 de janeiro e 29 maio, 1.099 ocorrências de incêndios rurais, que resultaram em 999 hectares de área ardida, 76% dos quais referente a matos, 20% a povoamentos florestais e 4% a terrenos agrícolas.
Os meios de combate voltam a ser reforçados a 1 de julho, na fase mais crítica de incêndios, sendo o período que mobiliza o maior dispositivo e este ano vão estar ao dispor 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos.
Os meios são este ano reforçados em 3% face a 2019, nomeadamente com mais guardas florestais e sapadores florestais, e o dispositivo aéreo é contratado para quatro anos.