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Um ano depois da eleição e de tantas polémicas, o responsável pela estratégia digital da campanha de Donald Trump, Brad Parscale, tem a certeza que a maioria dos americanos ainda apoia o Presidente norte-americano.
No palco principal da Web Summit, Brad Parscale explicou como é que o Facebook ajudou a eleger Trump. “Tínhamos de encontrar pessoas e o Facebook ajudou-nos de uma forma fácil e barata a encontrar os apoiantes de Trump e a direccionar a mensagem para as pessoas que estavam mais receptivas às ideias do candidato republicano”, afirmou.
O homem a que o “Washington Post” chamou “o génio da campanha digital” de Trump esclareceu ainda qual foi o papel dos responsáveis do Facebook. Sem entrar em pormenores, disse apenas que o “ajudaram a usar melhor a plataforma. O Facebook, a Google, o Snapchat, todos quiseram ajudar.”
Questionado sobre o que Trump tem de fazer para ganhar ser reeleito em 2020, Parscale respondeu: “Continuar a twittar. Só isso. Eu adoro o Twitter dele.” E governa-se pelo Twitter? “Acho que ele fala directamente com as pessoas, estou farto de pessoas que não falam directamente. Temos muitos políticos que têm apenas a visão que os média lhes dão e eu gosto de ter um Presidente que fala directamente comigo.”
Hillary “não percebeu” as redes sociais
Brad Parscale explicou ainda que, há um ano, tinha um bom produto para vender. E “a campanha de Hillary não percebeu que a América estava a mudar na forma como usava as redes sociais”.
Os aplausos surgiram na Altice Arena quando o moderador da entrevista questionou Brad Parscale sobre as promessas de Trump que ainda não saíram do papel, como a construção de novas estradas e outras infra-estruturas.
Telegráfico, Brad respondeu que “Trump ainda tem três anos de trabalho pela frente”. “A prioridade agora é tratar da reforma fiscal porque os americanos querem ter mais dinheiro no bolso. Para mim, é o melhor Presidente que a América já teve”, declarou.
“Não fui manipulado pelos russos”
A polémica intervenção dos russos na campanha de Donald Trump deixou Brad Parscale muito incomodado. Há duas semanas, foi ouvido pelo comité do Congresso norte-americano, que está a investigar o papel dos russos na eleição de Donald Trump.
Brad Parscale está envolvido numa polémica devido aos múltiplos “retweets” de uma conta falsa do Partido Republicano no Tennessee, alegadamente mantida com o apoio do Kremlin.
Parscale negou qualquer ligação ao alegado esquema russo para condicionar o resultado das eleições presidenciais norte-americanas: “não fui manipulado pelos russos, é um problema do Twitter, eu não recebo dinheiro da Russia, isso é ridículo.”