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O líder do PSD, Rui Rio, foi citado nesta quinta-feira de manhã no Parlamento espanhol como exemplo de solidariedade política e institucional. O elogio partiu do primeiro-ministro e líder do Partido Socialista espanhol.
“Esta semana, por exemplo, escutávamos o líder da oposição em Portugal, conservador, a fazer um discurso emotivo ao desejar sorte ao primeiro-ministro, António Costa, pois essa sorte era o que desejava para todo o Portugal”, citou Pedro Sanchez.
As palavras do chefe do Governo receberam o aplauso dos poucos deputados presentes dos partidos que apoiam o executivo num parlamento em que a maioria dos membros estava a participar na sessão a partir de casa através de meios telemáticos.
Pedro Sánchez referiu ainda o caso do Reino Unido, em que o líder do Partido Trabalhista também se colocou ao lado do primeiro-ministro, Boris Johnson, na luta contra a pandemia.
As palavras do chefe do Governo receberam o aplauso dos poucos deputados presentes no Parlamento espanhol, dos partidos que apoiam o executivo numa assembleia em que a maioria dos membros estava a participar na sessão a partir de casa.
“Peço-vos humildemente unidade e lealdade” institucional, repetiu Pedro Sánchez dirigindo-se ao líder do Partido Popular (PP, direita) durante o debate desta manhã, donde deverá sair o prolongamento do estado de emergência.
O chefe do Governo espanhol afirmou estranhar que Espanha seja diferente da maior parte dos países no mundo em que os vários partidos políticos estão unidos na luta contra o novo coronavírus.
O presidente do PP, Pablo Casado, respondeu, em seguida, que “os espanhóis merecem um Governo que não lhes minta” e considerou que a “autoridade moral” de Sánchez para pedir “unidade e lealdade” era “nula”.
Casado atacou a gestão feita pelo executivo espanhol da crise do coronavírus e pediu-lhe para “dizer a verdade” sobre a situação real da doença no país, que declarasse luto nacional e que garantisse o envio de material de proteção a todos os trabalhadores nos serviços de saúde.
Apesar destas cítica, o PP deverá apoiar o prolongamento do estado de emergência por mais duas semanas, até as 24h00 de 25 de abril.
O primeiro-ministro espanhol também apelou a todos os partidos políticos que, na próxima semana, se inicie o diálogo para se chegar a um grande acordo económico e social para a reconstrução do país após a crise do novo coronavírus.
“O que proponho é um grande acordo nacional para a reconstrução económica e social, no qual participem todas as forças dispostas a colaborar, os partidos políticos, evidentemente, mas também empresários e sindicatos, e, claro, as comunidades autónomas. Proponho um grande pacto para a reconstrução económica e social de Espanha”, disse Pedro Sánchez.
A Espanha é um dos países mais atingido pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, que já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.