Gonçalo Pereira é enfermeiro no Hospital de Braga. Diz-se “solidário” com os colegas que iniciaram, esta segunda-feira , uma greve de 24 horas, mas, enquanto, enfermeiro no serviço de oncologia, vai ter de assegurar os serviços mínimos.
“Há muitas fatores com os quais não concordo, mas trabalho numa área e que não posso fazer greve. Temos de fazer tudo em oncologia, por isso temos sempre de cumprir os serviços mínimos”, explica o enfermeiro que admite haver boas razões para paralisação da classe.
“A expetativa é lutar por um melhor salário. Não é ganhar uns 1200 euros por mês. Devíamos ganhar muito mais do que ganhamos. Trata-se de lutar por um salário digno, isso é o principal”, sublinha. “ As pessoas estão fartas de trabalhar para aquecer”, remata.
Por diferentes razões, Manuela Couto, também profissional de enfermagem, decidiu não aderir à iniciativa do Sindicato Nacional dos enfermeiros. À Renascença admite estar cansada de uma luta sem resultados.
“Estou um bocadinho cansada de greves sem darem resultado nenhum. É só isso”, explica à entrada para mais um turno no Hospital de Braga.
Os enfermeiros iniciaram esta segunda-feira uma greve de 24 horas. Pedem “a negociação de um Acordo Coletivo de Trabalho Global aplicável aos enfermeiros e a revisão da tabela salarial”.
A paralisação convocada pelo sindicato nacional dos enfermeiros junta-se à greve às horas extraordinárias que decorre até sábado.