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O presidente da câmara de Kiev convidou o Papa Francisco para ir à capital da Ucrânia. A carta foi enviada há uma semana e embora nem o Vaticano nem a embaixada ucraniana na Santa Sé a tenham ainda comentado, a missiva circula como verídica entre muitos jornalistas que acompanham o Papa.
Na carta, a que a Renascença teve também acesso, o autarca de Kiev diz que a presença de Francisco seria "fundamental para salvar vidas" e solidificar o "caminho para a paz". Caso a visita não seja possível, Vitaliy Klitschko propõe ao Papa um encontro por videoconferência, no qual participaria também o presidente ucraniano.
Recorde-se que na última semana dois enviados especiais do Papa estiveram no terreno: o cardeal Krajewski, responsável pelas obras de caridade do Papa, esteve na Polónia e conseguiu entrar na Ucrânia, onde a Renascença o entrevistou, em Lviv.
Já o cardeal Czerny, do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, esteve junto dos refugiados, na Hungria, mas vai iniciar agora uma nova etapa da missão. O Papa enviou-o à Ucrânia, como seu representante pessoal, para “manifestar solidariedade” às vítimas da guerra, anunciou na segunda-feira o Vaticano.
O cardeal deve chegar amanhã à Eslováquia, seguindo depois para a fonteira ucraniana.
As negociações entre a Ucrânia e a Rússia foram retomadas esta terça-feira, após uma “pausa técnica”. Kiev exige um cessar-fogo a Moscovo e a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano, invadido pela Rússia a 24 de fevereiro, numa ofensiva que já matou pelo menos 636 civis e obrigou 4,8 milhões de pessoas a fugirem. Segundo a UNICEF, a cada minuto que passa há mais uma criança refugiada.