Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconhece que tinha uma ideia "mais simbólica" para se assinalar o 1.º de maio quando abriu a porta à comemoração da data na última renovação do estado de emergência devido à pandemia de Covid-19.
"A minha ideia era mais simbólica e mais restritiva. Não era desta dimensão e deste número", declarou esta segunda-feira o chefe de Estado, falando em entrevista por telefone à Rádio Montanha, da ilha do Pico.
O Presidente da República pensava numa comemoração na linha da do 25 de Abril, que decorreu apenas na Assembleia da República, com um número limitado de deputados e convidados, e sem manifestações na rua
"Confesso que quando pensei na regra pensei numa cerimónia mais simbólica, mais restritiva, menos ampla, do tipo da cerimónia do 25 de abril", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
De todo o modo, a "interpretação das autoridades sanitárias foi mais extensa, ampla e vasta" da que o chefe de Estado tinha idealizado no seu "espírito", declarando Marcelo Rebelo de Sousa entender as críticas à dimensão e características do assinalar da data em Lisboa.
"Felizmente os portugueses de uma forma maioritária no resto do fim de semana deram um exemplo de grande calma e serenidade e não embarcaram em aventuras", acrescentou ainda.
As autoridades autorizaram a realização de cerca de duas dezenas de ações de rua da CGTP por ocasião do 1.º de Maio, dia do Trabalhador, fim de semana com limitação de restrição de deslocação entre concelhos.
A maior celebração aconteceu na Fonte Luminosa, em Lisboa. Centenas de sindicalistas juntaram-se, cumprindo regras de distanciamento social, para ouvir o discurso da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
Esta exceção à restrição de concentração de pessoas foi criticada pela direita, nomeadamente pelo PSD e CDS. O líder social-democrata, Rui Rio, falou numa "pouca vergonha" e o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos disse que "quem manda" perdeu o respeito.