O presidente Sporting de Braga reage, em comunicado, aos comentários que tem escutado, a propósito do acordo estabelecido com o FC Porto para a transferência de David Carmo. Em concreto a cláusula que prevê pagamento de 500 mil euros por cada título de campeão nacional conquistado pelos dragões, até 2027, ano em que expira o contrato do central.
O Braga considera que as críticas são caricatas. "A forma como a discussão tem sido feita é, mais uma vez, reveladora de uma cultura desportiva doentia, totalmente absorvida à volta de três clubes – alguém supõe este debate, imaginemos, num negócio celebrado entre clubes de pequena e média dimensão? – e incapaz de promover um debate construtivo, que analise os prós e os contras de cada tema e perceba as implicações que qualquer decisão venha a ter na competitividade dos clubes portugueses e do nosso futebol profissional", defende António Salvador.
Neste comunicado, o líder dos minhotos recorda que "a inclusão de cláusulas associadas a performance individual e/ou coletiva é prática comum há já largos anos, tanto no plano nacional como nos principais campeonatos europeus, sem que daí resultem indícios que comprometam a integridade das competições".
António Salvador sublinha, ainda, que "em momento algum o SC Braga pode pactuar com insinuações sobre as suas práticas e os seus interesses".
"Nunca, em quase 20 anos na presidência, permiti que qualquer contrato celebrado com terceiros interferisse com treinadores e jogadores, como certamente reconhecerão todos aqueles que passaram pelo SC Braga e que encontraram nesta casa um compromisso absoluto e intransigente para com a competição e para com a responsabilidade máxima de, em cada jogo, honrarem o nome deste clube, entrando em campo para vencer, seja onde e quando for, seja contra quem for", remata.
David Carmo, de 22 anos, transferiu-se para o FC Porto, a troco de 20 milhões de euros. O negócio pode chegar aos 22,5 milhões, se o FC Porto vencer os cinco próximos campeonatos.