É, por estes dias, o maior meio de comunicação a unir os portugueses que residem em Moçambique. Tudo começou quando, no último domingo, falharam as ligações telefónicas. Carla Alfredo, que estava na Beira, deixou de conseguir comunicar com o marido, retido em Maputo.
Assim nasceu o grupo de Whatsapp Rescue Beira, que começou por ter entre 10 ou 15 membros mas que, entretanto, cresceu e muito.
Usado para divulgar as principais notícias e informações oficiais sobre a situação em várias partes de Moçambique, face ao rasto de destruição deixado pelo ciclone Idai, o Rescue Beira tornou-se um verdadeiro motor de busca, explica à Renascença Romeu Rodrigues.
Basta percorrer as partilhas no grupo para perceber a sua importância. Foi através dele que a Renascença conseguiu o primeiro contacto com um português que chegou à Beira dias depois da passagem do ciclone. É por lá que, todos os dias, qualquer cidadão incomunicável dá finalmente sinal de vida, ou que alguém tenta reencontrar um filho, uma prima ou uma tia.
O grupo não está limitado a portugueses que residem no país, havendo muitos moçambicanos que recorrem ao Rescue Beira. Esta é, afinal, uma tragédia sem fronteiras que afeta todos por igual sem olhar a nacionalidades.
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