Mais de 40 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) vão financiar a construção do novo Hospital Central do Alentejo, que está a ser edificado em Évora, anunciou esta terça-feira a Comissão Europeia (CE).
"Graças aos Fundos da Coesão, este projeto vai melhorar a qualidade de vida de muitos europeus, incrementando o acesso aos cuidados de saúde para cerca de 470.000 pessoas, o que aumentará a prevenção, a deteção precoce e o tratamento de doenças", destacou Elisa Ferreira, comissária da Coesão e Reformas, citada no comunicado divulgado pela CE.
Segundo a comissária portuguesa, o Hospital Central do Alentejo será "uma melhor unidade de cuidados de saúde, com melhores condições de trabalho para o pessoal".
E "poderá também atrair pessoal de saúde, novos residentes, visitantes, empresas e organizações educativas para a região, impulsionando globalmente a economia local e criando postos de trabalho", assinalou.
O futuro equipamento, que a CE qualificou hoje como "ultramoderno", é também financiado pelo Programa Operacional Regional do Alentejo 2020 e vai substituir o atual Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
"O novo espaço passará a ser o hospital principal da zona central da região do Alentejo, eliminando a necessidade de os doentes percorrerem longas distâncias para acederem a tratamentos e cuidados de emergência", realçou a Comissão Europeia.
Em relação ao projeto, a CE indicou ainda que o Hospital Central do Alentejo, que está em construção na periferia da cidade de Évora, vai comportar 130 gabinetes para consultas, tendo "uma capacidade para 67 doentes no hospital de dia, o que representa um aumento de cerca de 35 % e 50 %, respetivamente, em comparação com as instalações disponíveis" no atual HESE.
"Haverá 360 camas de internamento em quartos individuais, com a possibilidade de aumentar a capacidade para 478 camas em caso de emergência, convertendo os quartos individuais em quartos duplos", acrescentou.
A área circundante do hospital, continuou, será também adaptada com a construção de duas novas estradas, vias pedonais e ciclovias, para ligar o hospital às vias de circulação mais próximas.
O hospital "representa também um avanço importante na redução das emissões de CO2, pois permitirá aos doentes receber tratamento localmente, limitando assim os tempos de viagem e as distâncias percorridas", frisou a CE.
Em construção pela Aciona, o hospital vai ocupar uma área de 1,9 hectares, estando agora as obras previstas terminar no final de 2024.
Quando a empreitada foi lançada, foi divulgado que o investimento total era de cerca de 210 milhões de euros, já que aos cerca de 180 milhões da construção se juntam perto de mais 30 milhões para equipamento de tecnologia de ponta.