Os EUA e o Reino Unido lançaram esta noite ataque em larga escala contra rebeldes houthis do Iémen.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse em comunicado que a operação atingiu "com sucesso" vários alvos dos houthis.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirma que o Reino Unido está a atuar em "legítima defesa".
"Nos últimos meses, a milícia houthi realizou uma série de ataques perigosos e desestabilizadores contra a navegação comercial no Mar Vermelho, ameaçando o Reino Unido e outros navios internacionais, causando grandes perturbações numa rota comercial vital e elevando os preços das matérias-primas. As suas ações imprudentes estão a arriscar vidas no mar e a agravar a crise humanitária no Iémen", defende Sunak, em comunicado.
Apesar de sucessivos avisos, afirma o primeiro-ministro britânico, os houthis "continuaram os ataques no Mar Vermelho". "Isto não pode continuar", sublinha.
Os houthis, apoiados pelo Irão, têm sido responsáveis por dezenas de ações contra cargueiros e petroleiros que colocam em causa a segurança marítima no Mar Vermelho e o comércio internacional.
O ataque norte-americano e britânico está a ser realizado por aviões, navios de guerra e um submarino, disse uma fonte oficial dos Estados Unidos, citada pela agência Reuters.
Outras fontes disseram à agência Associated Press (AP) que foram utilizados mísseis de cruzeiro Tomahawk.
Vários alvos dos militantes houthis foram atingidos em Saná, capital do Iémen, e noutras cidades, como Hudaydah, um importante porto no Mar Vermelho.
Centros de logística, sistemas de defesa aérea e depósitos de armamento dos houthis são os alvos desta operação em larga escala.
Os jornalistas da AP em Saná ouviram pelo menos quatro explosões. Dois residentes em Hudaydah sentiram pelo menos cinco grandes rebentamentos.
Os líderes houthis já prometeram retaliar após o ataque dos EUA e do Reino Unido.
O ataque dos EUA e do Reino Unido acontece um dia depois de os houthis dispararem cerca de duas dezenas de drones e mísseis, que foram abatidos.
Os Estados Unidos tinham exigido esta quinta-feira que o Irão liberte imediatamente o petroleiro capturado no Golfo de Omã e pediu a Teerão que pare todas as atividades que perturbem o comércio internacional.
Os houthis iniciaram os ataques contra navios na sequência da guerra na Faixa de Gaza, alegando estarem a apoiar a causa palestiniana contra Israel.