O presidente do PSD, Rui Rio, lembrou, este domingo, na festa dos sociais-democratas madeirenses na Herdade do Chão da Lagoa, que em equipa que ganha não se deve mexer e prestou homenagem ao ex-chefe do Governo regional, Alberto João Jardim.
"Não sou muito ligado às lides desportivas mas vou terminar com uma frase tirada do futebol", disse Rui Rio, alertando os madeirenses que "em equipa que ganha não se mexe".
"Em equipa que ganha não se mexe, e a Madeira é uma equipa que ganha, a Madeira é uma equipa que ganha há mais de 40 anos e, portanto, acho que os madeirenses percebem bem que não podem entrar em aventuras, não podem correr riscos, devem continuar na senda do desenvolvimento que sempre conheceram desde a autonomia", declarou.
"Miguel Albuquerque vai continuar a ser presidente do Governo Regional da Madeira e vai continuar a desenvolver a região", vaticinou.
Num discurso todo virado para a realidade regional - reiterando as críticas contra o valor das taxas de juro cobradas pelo Estado à região; contra o tratamento da TAP com os passageiros da Madeira com os sucessivos cancelamentos por condições operacionais; contra o valor e o modelo atual do subsídio de mobilidade aérea entre Madeira e continente que deveria ter sido revisto em 2016 - Rui Rio prestou homenagem ao ex-líder do PSD ex-presidente do Governo Regional durante 38 anos.
"Vou fazer, aqui, no Chão da Lagoa, mas poderia fazer em qualquer outra parte do país, que é uma saudação ao homem que não é da Madeira, é de Portugal, que é uma referência da social-democracia em Portugal, que é o dr. Alberto João Jardim, um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da ilha da Madeira", disse no palco.
"Eu não sei - continuou - se todos os portugueses já imaginaram o que isto que era se, em vez de um Alberto João Jardim, nós tínhamos tido quatro ou cinco Alberto João Jardins por esse país fora, o que não era Portugal hoje face àquilo que é".
Para Rui Rio, a obra de Alberto João Jardim "é um orgulho da Madeira, de Portugal e da União Europeia".
Manifestando a sua satisfação por participar, como líder do partido, na festa do Chão da Lagoa, Rui Rio realçou que "não há líder do PSD que consiga chegar a primeiro-ministro de Portugal sem passar pelo Chão da Lagoa".
"Por isso - observou - a partir de hoje já tenho possibilidades de dizer que poderei ser primeiro-ministro de Portugal.
Alberto João Jardim, que desde 2016 não participava na festa da Herdade do Chão da Lagoa coincidindo com o período "consular" de Pedro Passos Coelho, percorreu hoje, juntamente com o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e com o presidente do PSD nacional, Rui Rio, as tradicionais barracas da festa e assistiu ao comício junto do povo apesar do líder nacional o ter convidado para o palco.