O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, deseja a D. Rui Valério, futuro Patriarca de Lisboa, “os maiores êxitos na sua nova missão”.
“Ele já fez um bom trabalho e agora tem uma missão mais difícil, mas para a qual também conta com um novo fôlego, que certamente a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deixou no meio católico português”, referiu.
Em declarações à Renascença, Santos Silva considera que “o principal desafio é transformar aquele que foi um grande evento – a JMJ – num movimento, isto é, numa chama que perdure no tempo”.
O governante tem um desejo: “É essencial que a sensibilidade que tantos milhares de jovens mostraram ter perante as questões da paz, da solidariedade, do respeito recíproco, da tolerância, da defesa do ambiente, da defesa da liberdade e da democracia, que essa sensibilidade contamine toda a igreja, quer os padres quer os fiéis. Precisamos muito de uma igreja que nos ajude nestas que são causas comuns”.
Quanto aos abusos sexuais na Igreja, Augusto Santos Silva espera que “o novo patriarca escute as palavras do Papa Francisco e as transforme em ação”.
“O Papa Francisco foi inequívoco a condenar os abusos sexuais do clero ao dizer que eram incompatíveis com a Igreja católica e a pedir compaixão, solidariedade e atenção às vítimas e também responsabilização dos criminosos”, referiu.
D. Rui Valério, 58 anos, vai ser o novo Patriarca de Lisboa. A tomada de posse da Diocese vai acontecer a 2 de setembro, pelas 11h00, na Sé Patriarcal, diante do Cabido. A entrada solene de D. Rui Valério tem lugar no dia seguinte, domingo, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos.