O CDS defende que "teve razão" quando exigiu as demissões dos secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria e considera inevitável a saída dos ministros da Defesa e da Administração Interna.
"Há quase um ano o CDS disse que estes secretários de Estado não tinham condições políticas objectivas para permanecer. Um ano depois o CDS teve razão, foi o primeiro a dizê-lo e com um ano de atraso a realidade veio dar uma lição ao primeiro-ministro", afirmou o líder parlamentar do partido.
Para Nuno Magalhães "é sempre preferível tirar consequências do que a lealdade político-partidária".
"Lendo o comunicado do primeiro-ministro [a aceitar os pedidos de exoneração], digo-lhe 'bem-vindo ao país à realidade'. O Governo está a desfazer-se e a deixar cair as peças, pouco a pouco", disse.
O líder parlamentar do CDS-PP considerou "inevitável" que a remodelação governamental vá mais longe e abranja os "casos mais graves" dos ministros da Defesa e da Administração Interna, não por uma "questão de oportunidade" mas "por uma questão de necessidade".
O PSD expressa “enorme estranheza pelo momento político em que as demissões destes secretários de Estado são conhecidas”.
O deputado Carlos Abreu Amorim quer saber “o que é que se alterou” desde o Verão de 2016, quando rebentou o “caso Galp”.
“Na altura o Governo elaborou um código de conduta e diz que ficou tudo resolvido. (…) Pelos vistos não está nada resolvido”, disse.
“O que é que aconteceu? Se há razões que têm a ver com uma eventual investigação judicial, elas têm de ser ditas, têm de ser esclarecidas”.
Os secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, solicitaram ao primeiro-ministro a exoneração de funções após terem pedido ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro 2016.
[actualizado às 22h15]