A Santa Sé mantém as medidas cautelares que já tinha imposto ao cardeal australiano, considerado culpado de cinco crimes de abuso de menores pelo Tribunal de Melbourne, na Austrália.
Trata-se de “uma notícia dolorosa que chocou muitíssimas pessoas, não só na Austrália”, sublinha um comunicado divulgado esta terça-feira pela sala de imprensa do Vaticano.
O antigo conselheiro do Papa, que se declarou inocente, mas arrisca uma pena máxima de 50 anos de prisão.
Reafirmando “o máximo respeito pelas autoridades judiciais australianas”, a Santa Sé indica que espera agora “o resultado do recurso”, recordando que o cardeal Pell insistou na sua inocência e que tem o direito de se defender “até à última instância”.
“Aguardamos a sentença final, unimo-nos aos bispos australianos, rezando por todas as vítimas de abuso, e reafirmando o nosso empenho em fazer todo o possível para que a Igreja seja uma casa segura para todos, especialmente para as crianças e os mais vulneráveis”, lê-se ainda no mesmo texto.
A mesma nota refere ainda que “para garantir que a justiça faz o seu caminho, o Papa confirmou as medidas cautelares que já tinham sido tomadas em relação a George Pell pelo bispo local quando ele regressou à Austrália”, o que significa que “até ao apuramento definitivo dos factos, o cardeal fica proibido, como medida cautelar, do exercício público do ministério e, como a lei prevê, de manter qualquer tipo de contacto com menores de idade”.