O presidente da Associação O Joâozinho, Pedro Arroja, declara “total disponibilidade para prosseguir a obra que iniciou e a levar até ao fim”.
Numa carta enviada ao presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, a que a Renascença teve acesso, Pedro Arroja assegura que a “associação Joãozinho não será impedimento” no caso de “ser o Governo a fazer a obra” da ala pediátrica do São João.
Na carta, em que faz o relato pormenorizado da polémica à volta da construção da ala pediátrica, o economista afirma que “na qualidade de presidente da Associação” ficar-lhe-á “a mágoa por uma maravilhosa iniciativa comunitária ter sido boicotada pelos políticos”.
Pedro Arroja lembra, por outro lado, que a Associação O Joãozinho “possui um crédito de dinheiro avançado à construtora, que precisa de ser materializado em obra”, assim como “dinheiro em caixa que lhe foi consignado pelos mecenas”.
O presidente da associação defende que “a primeira prioridade é a urgência em realizar a obra” e assegura que a associação “está em condições de assumir de imediato os trabalhos”, bastando para o efeito que o hospital “desimpeça o espaço para a construção da unidade” retirando “de lá o serviço de sangue”.
Na carta, com 27 pontos, sobressai ainda o elencar do número de vezes em que o Governo anunciou o arranque da obra - nas contas de Pedro Arroja foram quatro - e o receio de que o projecto não comece a ser concretizado até ao final do ano. O presidente da Associação O Joãozinho diz mesmo que é “pequeníssima a probabilidade” de ser o Governo a fazer a obra.
Esta quinta-feira, depois da cerimónia de entrega, por parte da Câmara do Porto, de uma ambulância destinada ao transporte de doentes da pediatria do S. João, o presidente do conselho de administração do São João, Oliveira e Silva, mostrou-se convicto de que "no fim do primeiro semestre, estará tudo pronto para o procedimento de ajuste direto" da empreitada.