O líder do Chega, André Ventura, acusa o presidente do PSD, Luís Montenegro, de estar mais preocupado em conseguir mais votos que o Chega do que em derrotar o PS e diz que a coligação com o CDS é “apenas de nome”, pois o partido “não tem grande expressão”.
“O meu objetivo é dizer que o Pedro Nuno Santos não vai vencer estas eleições. O PSD parece estar mais preocupado em garantir que o Chega não tenha mais votos. Não é com este tipo de alianças que isso se faz”, garantiu Ventura, em declarações aos jornalistas, durante uma visita ao Mercado de Natal no Rossio, em Lisboa.
Ventura indica que o adversário da direita “deve ser o Partido Socialista e que o PSD “mostra muito desespero” em tentar ter mais votos que o Chega.
“O PSD é livre de fazer alianças com quem quiser. Neste caso, é uma aliança com um partido que não tem grande expressão. Seria diferente se fosse com a Iniciativa Liberal”, afirmou, adiantando que esta é “apenas uma aliança de nome”, que “de nome talvez já nem possa ser”, lembrando o protesto do PPM junto do Tribunal Constitucional quanto à sigla utilizada - Aliança Democrática (AD).
O líder do Chega lembrou ainda as palavras de Pedro Passos Coelho, que afirmou que será necessário um Governo "que possa inspirar confiança às pessoas".
“Em dois ou três minutos, Passos Coelho disse aquilo que o PSD devia estar a dizer em três meses. Sentimos que o PS, por via do PSD, terá caminho aberto. Da nossa via, terá dificuldades e escrutínio”, afirmou Ventura.