Obama passeia com a família em Havana
21-03-2016 - 07:37

Há várias semanas que não chovia tanto em Havana, mas isso não impediu muitos cubanos de saírem à rua para dar as boas-vindas ao Presidente norte-americano, o primeiro em funções a visitar a ilha em quase 90 anos.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encerrou o seu primeiro dia em Cuba com um passeio e jantar familiar em Havana Velha, onde foi saudado pelos cubanos que saíram às ruas para o ver, apesar da chuva.

Obama, Michelle e as duas filhas do casal, Malia e Sasha, bem como a sogra, Marian Robinson, passearam debaixo de guarda-chuvas pela Praça de Armas, onde contemplaram a estátua de Carlos Manuel de Céspedes, um dos líderes independentistas da ilha.

O percurso – conduzido por Eusebio Leal, historiador oficial de Havana e responsável pela restauração desta zona da capital – continuou pelo Palácio dos Capitães Generais, o edifício do antigo Governo colonial, que agora alberga o Museu da Cidade.

Na Praça da Catedral, Obama deteve-se brevemente para cumprimentar algumas pessoas que o esperavam no local. Dentro da catedral, a família Obama foi recebida em privado pelo cardeal cubano e arcebispo de Havana, Jaime Ortega.

Depois, a comitiva passou pelas estreitas ruas de Havana Velha e Havana Centro, onde centenas de moradores tiraram fotos a partir das varandas e portas, saudando e aplaudindo a família.

O dia terminou no restaurante "San Cristóbal", no centro de Havana.

A chuva caiu sempre com intensidade no domingo. Não impediu o passeio nem que os cubanos o fossem saudar, mas obrigou a alterações no programa da visita, que começa oficialmente esta segunda-feira.

A cerimónia do encontro entre o Presidente norte-americano e o pessoal diplomático em Cuba não aconteceu na embaixada dos Estados Unidos da América, ao ar livre, como estava previsto, mas numa sala de um hotel.

Esta segunda-feira, Barack Obama tem reunião agendada com Raul Castro no palácio presidencial, naquele que será o terceiro encontro entre os dois líderes desde que foi anunciada a reaproximação entre os países.