A Câmara de Lisboa investiu um total de 33,979 milhões de euros na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ2023), que decorreu entre 1 e 6 de agosto e que contou com a presença do Papa Francisco.
A autarquia liderada por Carlos Moedas divulgou esta quinta-feira as contas finais e revela que gastou menos um milhão de euros em relação ao que estava previsto no orçamento.
Um valor final apurado de quase 34 milhões de euros inclui "custos adicionais de 1,3 M€, decorrentes de pedidos suplementares apresentados ao longo do processo", explica a autarquia de Lisboa, em comunicado enviado à Renascença.
Os gastos adicionais foram para locação de écran, luz e som para o palco do Parque Tejo Trancão; RX, Pórticos e detetores de metais para os grandes eventos; tendas e cadeiras para o Parque Tejo Trancão; requisitos adicionais para estruturas de cadeias TV e sala de imprensa no Parque Tejo e no Parque Eduardo VII.
"Do montante global de 34 milhões de euros, cerca de 23,9 milhões de euros são investimento que fica para o futuro da cidade", assinala o gabinete de Carlos Moedas.
O legado da JMJ Lisboa para cidade inclui o Parque Tejo, a ponte ciclo pedonal sobre o Rio Trancão, equipamentos para o Regimento Sapadores de Bombeiros, Polícia Municipal e Proteção Civil Municipal e várias obras no espaço público, refere o comunicado.
A Câmara de Lisboa garante que "em todos os processos, e apesar de a lei expressamente o dispensar", fez questão de promover "consultas preliminares para identificar fornecedores e aferir valores de mercado" e enviou a informação relativa a todos os procedimentos da JMJ para o Tribunal de Contas.
A autarquia destaca a grande visibilidade do evento em todo o mundo e que Lisboa registou uma melhoria na atividade turística: em julho houve mais 22,3% de de hóspedes, 19,4% de dormidas e 35,0% em proveitos globais face ao período homólogo de 2022.
"No Infogest de agosto, as variações são todas positivas face a julho, tendo-se atingido o maior valor de sempre em valor médio por quarto vendido. Estas variações são de 11% a 18% consoante a categoria do quarto, 3, 4 ou 5 estrelas e de 13,4% no agregado, face ao período homólogo de 2022", adianta o comunicado.
Esta semana, o Governo já tinha anunciado que gastou com a organização da Jornada Mundial da Juventude cerca de 18 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 91% do que tinha sido orçamentado para o evento, 20 milhões de euros.
Consulte aqui as contas finais da Câmara de Lisboa para a JMJ2023 (Versão PDF)