Assentando a qualidade do seu jogo a partir da superior exibição de Antoine Griezman, o melhor em campo, a seleção francesa apurou-se ontem à noite para a final do Campeonato do Mundo, preparada para então defrontar a Argentina, garantindo ambos um jogo de qualidade, a encerrar uma festa da qual Portugal saiu demasiado cedo em relação às expectativas que à volta da sua seleção haviam sido criadas.
Derrotados ontem de forma inquestionável, os marroquinos foram, no entanto, os outros grandes protagonistas da segunda meia-final.
A sua chegada a uma fase tão adiantada do Mundial, o que nunca havia acontecido com um outro país africano, merece os maiores encómios, pela qualidade dos seus jogadores e pelas lições que nos deixaram, sobretudo nos desafios com Portugal e com a Espanha, em que mostraram uma superioridade indiscutível.
Agora, temos à vista uma final inédita.
Argentina e França, duas potências do futebol internacional vão, assim o esperamos, proporcionar-nos uma final de alto nível, sem que, para já, seja possível avançar o nome de um favorito.
De um lado Lionel Messi e seus companheiros, do outro M´bapé e Griezman e um lote de jovens ambiciosos, todos eles com capacidade para no termo dos noventa minutos erguerem a tão cobiçada Copa, desempatando as vitórias até hoje alcançadas por ambos.
A Argentina foi campeã do mundo em 1978 e 1986, enquanto a França arrebatou o troféu em 1998 e 2018.
Pelo meio, Croácia e Marrocos disputam no sábado os terceiro e quarto lugares, um embate que deixou de fazer qualquer sentido.
Só a fobia pelos dinheiros dos direitos televisivos e afins o justifica.