O quarto restaurante solidário do Porto vai ser instalado num espaço contíguo à junta de freguesia de Massarelos e a autarquia quer abri-lo o “mais rápido possível”, revelou esta terça-feira o vereador da Coesão Social, Fernando Paulo.
“Tencionamos abrir o mais rápido possível o restaurante solidário que será importante para as pessoas em situação de sem-abrigo, mas também para a sala de consumo assistido”, afirmou o vereador Fernando Paulo.
Questionado pelo vereador Sérgio Aires, do BE, sobre a localização do novo restaurante solidário – o quarto espaço que irá funcionar na cidade com o propósito de possibilitar o acesso a refeições diárias a pessoas em situação de pobreza, exclusão social e em situação de sem-abrigo - Fernando Paulo afirmou que o mesmo será instalado “num espaço contíguo à junta de freguesia de Massarelos”, na Rua do Campo Alegre, na Boavista.
“A [empresa municipal] Domus Social está a desenvolver o projeto das obras a realizar”, acrescentou o vereador, durante a discussão da proposta de dar continuidade à parceria com o SAOM – Serviço de Assistência Organizações de Maria no âmbito dos restaurantes solidários.
A proposta, que visa a celebração de um contrato de parceria entre o município do Porto e o SAOM, no qual se prevê uma comparticipação financeira não superior a 400 mil euros, foi aprovada por unanimidade.
De acordo com o documento apresentado ao executivo municipal, durante a execução do contrato foram produzidas em média cerca de 560 refeições diárias, prevendo-se até ao final do mesmo, um total de 205 mil refeições confecionadas.
Existem, atualmente, três restaurantes solidários em funcionamento na cidade, um na zona da Batalha, outro na Baixa e um terceiro no Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano.
Ainda durante a discussão da proposta, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse a propósito do Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano "continuar à espera de resposta do Ministério da Saúde".
"É uma matéria que eu espero poder retomar com a ministra da Saúde. Acho que poderíamos aumentar a capacidade daquele espaço e que o mesmo poderia ser um exemplo a nível europeu", disse, referindo, no entanto, que o município "não pode é comprar aquele espaço".
Em setembro de 2021, durante a campanha para as eleições autárquicas, Rui Moreira revelou ser sua vontade criar uma "vila urbana" social no antigo Hospital Joaquim Urbana.
"Temos vindo a falar com o Centro Hospitalar [do Porto, proprietário antigo Hospital Joaquim Urbano] que nós gostaríamos de poder ficar com a totalidade deste terreno. Há muita parte que ainda não está ocupada e [gostaríamos de] ter aqui outras respostas fundamentais. Ter aqui, no fundo, se quisessem uma vila urbana em que tivéssemos esse tipo de respostas, [que] podia inclusivamente abranger famílias e os mais velhos", anunciou Rui Moreira numa visita ao Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, criado pela Câmara do Porto, em 2017.
Com uma capacidade instalada para 40 pessoas, o Centro de Acolhimento Temporário para pessoas em situação de sem-abrigo acolhe neste momento 33 utentes.