Faz já mais de uma semana desde um golpe de Estado no Níger, que ocorreu a 26 de julho.
Sabe-se agora que vários cidadãos portugueses já foram retirados.
O Explicador Renascença fala desta situação que está a gerar enorme preocupação no Ocidente.
Quem conduziu este golpe de estado?
Forças militares do Níger que detiveram o presidente o país.
Os militares já anunciaram a suspensão da Constituição e de todas as instituições do Estado, o encerramento das fronteiras do país e a imposição de recolher obrigatório em todo o território.
Terão tido apoio de elementos da segurança do presidente Bazoum.
Os militares justificam esta ação com o que dizem ser a continuada deterioração das condições de segurança e a má gestão económica e social do país.
É desconhecido o paradeiro do presidente democraticamente eleito?
Sim, mas pouco tempo após o golpe, o presidente publicou uma mensagem no Twitter a dar conta de que todas as “conquistas” democráticas serão “salvaguardadas”
Como estão os portugueses do território?
Estão em segurança porque está concluída a retirada de nove portugueses do Níger.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, dos dez cidadãos nacionais que expressaram vontade de sair daquele país, falta apenas retirar um cidadão nacional.
Algo que deverá acontecer muito em breve.
Como estão a ser retirados todos os cidadãos?
Esse processo está a ser conduzido pelas autoridades francesa, que têm uma relação especial com o território, uma vez que o Níger é uma ex-colónia francesa.
Também a delegação da União Europeia está a coordenar a missão de retiradas de cidadãos estrangeiros do país
Porque é que o Ocidente está preocupado?
Porque o Níger era até aqui um aliado importante na luta contra terroristas islâmicos.
O Níger tinha mesmo aprovado a entrada de soldados europeus, incluindo portugueses, para combater o jihadismo.
Era mesmo considerado o epicentro da luta internacional contra o extremismo islamista naquela região de África, depois de o Mali ter rejeitado. por exemplo. a presença de tropas francesas.
Daí este golpe estar a ser condenado pelos líderes ocidentais.
Por agora, o cenário é absolutamente imprevisível.