Níger. Como estão os portugueses no território desde o golpe de Estado?
04-08-2023 - 07:54
 • Sérgio Costa

A retirada de cidadãos está a ser conduzida pelas autoridades francesa, que têm uma relação especial com o território, uma vez que o Níger é uma ex-colónia de França.

Faz já mais de uma semana desde um golpe de Estado no Níger, que ocorreu a 26 de julho.

Sabe-se agora que vários cidadãos portugueses já foram retirados.

O Explicador Renascença fala desta situação que está a gerar enorme preocupação no Ocidente.

Quem conduziu este golpe de estado?

Forças militares do Níger que detiveram o presidente o país.

Os militares já anunciaram a suspensão da Constituição e de todas as instituições do Estado, o encerramento das fronteiras do país e a imposição de recolher obrigatório em todo o território.

Terão tido apoio de elementos da segurança do presidente Bazoum.

Os militares justificam esta ação com o que dizem ser a continuada deterioração das condições de segurança e a má gestão económica e social do país.

É desconhecido o paradeiro do presidente democraticamente eleito?

Sim, mas pouco tempo após o golpe, o presidente publicou uma mensagem no Twitter a dar conta de que todas as “conquistas” democráticas serão “salvaguardadas”

Como estão os portugueses do território?

Estão em segurança porque está concluída a retirada de nove portugueses do Níger.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, dos dez cidadãos nacionais que expressaram vontade de sair daquele país, falta apenas retirar um cidadão nacional.

Algo que deverá acontecer muito em breve.

Como estão a ser retirados todos os cidadãos?

Esse processo está a ser conduzido pelas autoridades francesa, que têm uma relação especial com o território, uma vez que o Níger é uma ex-colónia francesa.

Também a delegação da União Europeia está a coordenar a missão de retiradas de cidadãos estrangeiros do país

Porque é que o Ocidente está preocupado?

Porque o Níger era até aqui um aliado importante na luta contra terroristas islâmicos.

O Níger tinha mesmo aprovado a entrada de soldados europeus, incluindo portugueses, para combater o jihadismo.

Era mesmo considerado o epicentro da luta internacional contra o extremismo islamista naquela região de África, depois de o Mali ter rejeitado. por exemplo. a presença de tropas francesas.

Daí este golpe estar a ser condenado pelos líderes ocidentais.

Por agora, o cenário é absolutamente imprevisível.