Os Estados Unidos acreditam que a Rússia está a sofrer uma "severa escassez de mão-de-obra" no conflito na Ucrânia e que está a ficar desesperada enquanto procura novas tropas para enviar para a frente de batalha.
A informação foi adiantada esta quarta-feira por uma autoridade norte-americana, que falou com a agência Associated Press (AP) sob a condição de anonimato, referindo que Moscovo está a tentar resolver a falta de militares, em parte, obrigando soldados feridos no início da guerra a regressarem para o combate.
Mas também recrutando pessoal de empresas de segurança privada e até recrutando em prisões.
A mesma fonte acrescentou que a inteligência norte-americana determinou que um passo que o Ministério da Defesa da Rússia deve tomar em breve será recrutar criminosos condenados para se alistarem "em troca de indultos e compensação financeira".
A descoberta dos EUA é divulgada ao mesmo tempo que o Presidente russo, Vladimir Putin, ordena que os militares russos aumentem o número de tropas em 137.000, para um total de 1,15 milhão.
O decreto de Putin divulgado na semana passada, e que entra em vigor a1 de janeiro, não especificou se os militares reforçariam as suas fileiras ao convocar um número maior de recrutas, aumentar o número de soldados voluntários ou utilizando uma combinação de ambos.
Alguns analistas militares russos previram que dependeria fortemente do número de voluntários, uma postura cautelosa que reflete as preocupações do Kremlin sobre possíveis consequências de uma tentativa de aumentar o alistamento.
O decreto presidencial visa aumentar o número total de militares russos para 2.039.758, incluindo 1.150.628 soldados. O pedido anterior colocava os números dos militares em 1.902.758 e 1.013.628, respetivamente, no início de 2018.