O presidente da secção portuguesa da Rede Europeia Anti-Pobreza diz que o apoio extraordinário de 240 euros, anunciado esta quarta-feira pelo Governo, é "bem-vindo", mas avisa que não colmata as dificuldades das famílias.
À Renascença, o padre Jardim Moreira admite "uma resposta pontual neste contexto mais difícil pode ser útil para algumas despesas correntes, ou uma pequena compra ou dívida".
"No entanto, sabemos que não é nenhuma resposta que resolva a vida das pessoas em dificuldade económica", realça, por outro lado.
Segundo o primeiro-ministro o apoio extraordinário começa a ser pago a partir de 23 de dezembro, em prestação única, pela Segurança Social.
O padre Jardim Moreira pede que, para lá destes apoios, haja "intervenções estruturais", porque "a pobreza resolve-se com a inclusão das pessoas mais pobres na sociedade".
"Não é só o Estado que vai acolher as pessoas, tem de ser a própria comunidade. Só se resolve a pobreza com um desígnio nacional".
O Natal dos portugueses terá, este ano, "mais restrições e limitações", reconhece o presidente da secção portuguesa da Rede Europeia Anti-Pobreza, mas aponta que "o consumismo e a abundância nem sempre correspondem a verdadeira harmonia e paz dentro da família".
"O Natal cristão é a forma de viver e de estar e de partilhar", conclui.