Há mais fumadores a procurar os centros de saúde para largar o vício
26-09-2017 - 07:26

Assinala-se esta terça-feira o Dia Europeu do Ex-Fumador. Todos os anos morrem em Portugal mais de 11 mil pessoas por doenças provocadas ou agravadas pelo consumo de tabaco.

Há cada vez mais pessoas a procurar os cuidados primários de saúde para deixar de fumar. Nos primeiros seis meses do ano, os centros de saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) proporcionaram 2.624 consultas de apoio intensivo à cessação tabágica.

A propósito do Dia Europeu do Ex-Fumador, que se assinala esta terça-feira, a ARSLVT informou que, destas 2.624 consultas, mais de um terço (35%) foram primeiras consultas (942).

Em 2016, prossegue o comunicado, foram contabilizadas 4.738 consultas, “o que corresponde a um aumento de cerca de 12% relativamente a 2015, que terminou com 4.226 consultas”.

Entre 2015 e 2016, o número de primeiras consultas também subiu quase 9%: de 1.254 para 1.365.

A ARSLVT recorda que, actualmente, todos os agrupamentos de centros de saúde (ACES) da região têm consultas de apoio intensivo à cessação tabágica.

O comunicado indica que morrem todos os anos em Portugal mais de 11 mil pessoas por doenças provocadas ou agravadas pelo consumo de tabaco, das quais mais de 800 por doenças decorrentes da exposição ao fumo ambiental.

As pessoas fumadoras têm um risco de adoecer e morrer por doenças graves e incapacitantes duas a três vezes superior ao das pessoas que nunca fumaram, perdendo em média dez anos de expectativa potencial de vida.

Na passada semana, o Relatório do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas revelou que o cancro do pulmão está a matar cada vez mais portuguesas. O tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão matou 980 mulheres em 2015. No ano anterior tinham sido 850.

Actualmente, por cada três homens que morre de cancro do pulmão, há registo da morte de uma mulher. No entanto, a diferença deve esbater-se nos próximos anos, seguindo a tendência dos países europeus, onde a mortalidade é de 1,5 homens para uma mulher.