O vogal do Conselho Regulador da ERC João Pedro Figueiredo defendeu este sábado que as redes sociais e os prestadores de serviço devem ser responsabilizados pela desinformação e pelos efeitos da circulação de informações falsas nas suas plataformas.
"Quando estamos a falar de literacia mediática, não estamos a falar só de média, estamos a falar de informação, e muito do que passa na internet e muita da desinformação e dos efeitos nocivos associados à circulação da informação não vem dos órgãos de comunicação social, não vêm dos media, vêm das redes sociais", acrescentou o vogal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
"É necessário responsabilizar à cabeça os prestadores dos serviços" e as plataformas, insistiu.
No entanto, sublinhou que tal exigirá, também, recursos - humanos e financeiros - para a sua operacionalização, dificuldades que o regulador tem enfrentado nos últimos anos.
O vogal da ERC falava no segundo de dois dias da sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que decorre na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, em Benfica, e cujo mote escolhido pelo GILM - Grupo Informal sobre a Literacia para os Media é "Transição Digital e Políticas Públicas".