O Presidente da Ucrânia apelou hoje a União Europeia (UE) que inclua a "indústria de 'drones' e mísseis" nas sanções contra a Rússia e vai insistir com cada Estado-membro sobre a necessidade de enviar aeronaves de combate.
"É do interesse de todos, não só dos ucranianos, que a Rússia não consiga produzir mais mísseis para atacar as nossas cidades", sustentou Volodymyr Zelensky, durante uma conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas (Bélgica).
Por isso, Zelensky exortou os 27 a incluírem no próximo pacote "sanções contra a indústria de 'drones' e de mísseis", assim como o "apoio tecnológico que está a suportar o terror russo".
Uma decisão de UE nesse sentido vai "reduzir a destruição e remover a fonte dos ataques perigosos" perpetrados por Moscovo, argumentou.
Antes, numa intervenção no Parlamento Europeu, o Presidente da Ucrânia insistiu que a adesão à União Europeia "é o caminho para casa" e a vitória na guerra "é obrigatória", sob pena de a maior "força antieuropeia" acabar com "o modo de vida europeu".
Depois de ser aplaudido por todo o plenário do Parlamento Europeu, Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia partilha "o modo de vida europeu" com os restantes 27 Estados-membros.
O primeiro-ministro, António Costa, reuniu-se esta quinta-feira à tarde com o Presidente ucraniano, numa das sessões de reuniões bilaterais alargadas realizadas à margem do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas, indicaram fontes diplomáticas.
Após ter-se dirigido, hoje de manhã, ao Parlamento Europeu, e de ter participado na primeira sessão de trabalhos do Conselho Europeu, Zelensky encontrou-se individualmente com os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, mas, por constrangimentos de tempo, estas reuniões bilaterais foram organizadas por grupos - quatro, com seis ou sete Estados-membros cada - e uma duração média de cerca de 45 minutos.