As propostas de BE, PAN e PSD para a suspensão ou revisão do projeto da linha circular do Metro de Lisboa, que já está em curso, foram hoje rejeitadas pela maioria socialista na Assembleia da República.
O PS votou contra as três propostas de resolução, que contaram com a abstenção do Livre e o PSD apenas votou a favor da sua proposta, tendo-se abstido na votação das propostas do BE e do PAN.
Iniciativa Liberal, Chega, PCP, BE e PAN votaram a favor de todas as propostas de suspensão da linha circular do Metro de Lisboa, discutidas na quarta-feira no parlamento, nas quais o BE e o PAN insistiram na suspensão do projeto e o PSD propôs a sua reformulação.
Os três partidos salientaram que a Assembleia da República já tinha aprovado anteriormente recomendações em que foi pedido pelos deputados ao Governo a suspensão da linha circular, além de que também o Orçamento do Estado de 2020 (OE2020) "incluiu uma norma que suspendia a linha circular".
O BE pedia ao Governo que, em vez da Linha Circular, olhasse para a zona de Loures, a zona ocidental da cidade de Lisboa e garantisse "que as populações de Odivelas não ficam prejudicadas".
A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, considerou que deveria "ser dada prioridade à expansão da rede de metropolitano até Loures, bem como para Alcântara e a zona ocidental de Lisboa".
O PSD defendeu a revisão do projeto já em curso e que seja adotada, em alternativa, uma linha em laço, entre Odivelas - Campo Grande - Rato - Cais do Sodré - Alameda - Campo Grande -- Telheiras.
O plano do Governo para o Metro de Lisboa prevê um percurso circular na linha Verde, que passará a integrar o percurso entre a estação do Campo Grande, atualmente na Linha Amarela, e o Cais do Sodré (na linha Verde).
Para isso serão construídas na Estrela, junto à Basílica, e em Santos duas novas estações que ligarão o Rato (fim da atual linha Amarela) ao Cais do Sodré.