O presidente da World Athletics, Sebastian Coe, assume o desafio que o atletismo mundial tem em mãos com a regulamentação dos atletas transgénero e afirma que a “integridade e o futuro do desporto feminino, se não corrigirmos isto, é muito frágil”.
Desde que Coe assumiu a presidência da World Athletics, várias regras têm sido aplicadas para regular as competições, aplicando restrições às atletas transgénero, que apenas podem competir se não ultrapassarem um limite nos níveis de testosterona.
Sebastian Coe é claro quanto a este tema: “Para mim, não há questão que a testosterona é um fator-chave no desempenho desportivo.”
“O género não pode superar a biologia”, acrescentou, em declarações ao “Daily Telegraph”.
Estas afirmações são feitas depois de Lia Thomas se ter tornado na primeira mulher transgénero a vencer um campeonato universitário americano, de natação, na passada semana. Desde então, muitas são as vozes que se têm manifestado sobre este assunto, que continua a dividir opiniões no mundo do desporto.
Desde logo, quando terminou a competição, as reações foram adversas. O público pouco celebrou e apupou a nadadora, de 22 anos, que respondeu dizendo: “Tento ignorar tudo ao máximo. Tento focar-me na natação, no que preciso de fazer para estar pronta para a competição.”