Podem estar em risco, as provas de aferição dos 2º, 5º e 8º anos, bem como as provas finais de Português e Matemática do 9º ano. A Federação Nacional dos Professores e a Associação Nacional de Professores de Informática vão avançar com um pré-aviso de greve - a partir de 8 de abril e até ao final do ano letivo - o que coloca em causa a realização das provas.
Será uma paralisação ao nível dos serviços de apoio, à manutenção de equipamentos e ao suporte técnico em provas digitais, depois de muitos docentes estarem a ser chamados para desempenhar tarefas que não lhes competem, como a reparação de equipamentos e suporte técnico às provas digitais.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, diz que não existem condições para que essas provas avancem em formato digital.
"Neste momento, não há condições para que, de facto, se realizem as provas de aferição e as provas finais do 9º ano em formato digital. Eu alerto que as provas finais do 9º ano contam para a avaliação e para a transição de ano. Por isso, obrigatoriamente, ou em formato digital ou recorrendo ao papel e à esferográfica, terão de ser realizadas."
Filinto Lima lembra também que há muitos alunos sem computadores e muitos a aguardar que esses equipamentos sejam reparados, e por isso, "poderá não existir equidade". Um problema que se estende a "todos os alunos de muitas turmas do 9º ano que não tiveram as aulas que deviam ter, ao longo do ano, de Matemática e Português".
Mesmo com o quadro de indefinição política, Filinto Lima espera que a primeira decisão do próximo governo seja essa: se estas provas e exames serão ou não em formato digital.
"A primeira decisão do próximo governo, ao nível do Ministério da Educação, será mesmo essa. Perceber se irá fazer as provas finais e as provas de aferição em formato digital".