O Governo recebe, nesta quarta-feira, um relatório com base num estudo de viabilidade da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto sobre o alargamento da rede de metro, que passará a ter mais sete linhas e mais 36 estações.
No total, a expansão da rede de Metro do Porto – que, além da segunda linha de Gaia, terá a Linha da Boavista, a Linha da Maia, Linha de São Mamede, no concelho de Matosinhos, com ligação ao Hospital de São João, a Linha de Gondomar e a Linha Casa da Música – prevê um investimento de aproximadamente 1.300 milhões de euros.
À Renascença, o presidente da Área Metropolitana do Porto e autarca de Gaia explica que da expansão faz parte a segunda linha de Gaia, com atravessamento em ponte até ao Campo Alegre, onde entronca com o comboio. Assim como a viabilização de algumas linhas que já estavam esquecidas, de acordo com o estudo feito pela Faculdade de Engenharia, nuns casos com solução metro, noutros metro e MetroBus, “o que vai permitir criar uma rede metropolitana de transportes públicos”.
MetroBus? Eduardo Vítor Rodrigues explica. “É um canal de via duplicada, no exato modelo do metro exceto a construção ou investimento em catenárias, no carril. Trata-se de um modelo de metro sobre pneus, que permite garantir uma qualidade de ligação de transporte público em zonas onde não seria viável fazer o investimento em metro tradicional”.
Segundo o autarca, a primeira fase do que projeto já foi aprovado pelo Governo português e pela Comissão Europeia.
“Foi entregue em Bruxelas pelo Governo no dia 15 de outubro. É um passo importante, não apenas para fazer financiar a segunda linha de metro de Gaia pelo lado da ‘bazuca’, do Plano de Recuperação e Resiliência – tirando esse investimento do quadro comunitário e, portanto, libertando recursos para outras linhas – mas também porque assumimos o valor contido no PNI [Programa Nacional de Investimento], no valor de 860 milhões de euros, que está afeto expressamente à linha de metro”, aponta.