O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, diz que a sua sucessão é uma questão que “não está colocada”.
No final da audiência desta terça-feira, no Palácio de Belém, com Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário-geral comunista diz já ter encontrado “dez formas diferentes de dizer a mesma coisa, mas, em termos de síntese, a questão não está colocada”.
Questionado sobre uma eventual convergência à esquerda, ainda que no quadro de uma maioria absoluta do PS, Jerónimo de Sousa diz ter dúvidas quanto à possível abertura de António Costa para esse cenário, mas sublinha que esse será o posicionamento do PCP no diálogo institucional com o próximo Governo.
Jerónimo insistiu que foi o PS que quis provocar a crise que culminou com as eleições que foram ganhas com maioria absoluta, o que pode fechar as “reais possibilidades” para que haja entendimentos e convergências em “matérias concretas”.
“Se se confirma o objetivo de fugir à intervenção e ação do PCP, essa via de convergência fica mais estreita”, frisou o líder comunista.