A Igreja Católica em Angola recebe esta quinta-feira os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcando o início da peregrinação da cruz e ícone mariano rumo à edição internacional de Lisboa, no verão de 2023, convocada pelo Papa.
Francisco entregou os símbolos a uma delegação portuguesa, a 22 de novembro do último ano, durante uma celebração que decorreu na Basílica de São Pedro.
“É um passo importante na peregrinação que nos levará a Lisboa, em 2023”, disse, no final da missa a que presidiu.
Após ter ficado na Sé de Lisboa, desde janeiro, a Cruz da JMJ segue agora para Angola, onde vai passar pelas dioceses de Luanda, Sumbe, Benguela, Huambo, Viana e Caxito, até 18 de agosto.
A chegada ao aeroporto internacional de Luanda está prevista para as 20h00 desta quinta-feira e a Missa de acolhimento vai ser celebrada às 17h00 de sexta-feira, na Paróquia da Sagrada Família, com a presidente de D. Filomeno Vieira Dias, arcebispo de Luanda e presidente da Conferência Episcopal Angolana (CEAST).
Os bispos admitem que era desejo de todos acolher estes símbolos nas suas dioceses, o que se revelou impossível “questões de transporte e conservação”, convidando os católicos a “deslocar-se para as mais dioceses mais próximas e assim realizar a sua peregrinação”.
D. Belmiro Cuica Chissengueti, presidente da Comissão Episcopal da Juventude, Vocações, Pastoral Universitária e Escutismo, escreveu uma nota sobre este “importante acontecimento de fé”.
“Dada a nossa proximidade e ligação com a Igreja de Portugal, e o facto de termos muitos jovens angolanos que já participaram nas Jornadas anteriores, a CEAST decidiu acolher a vinda destes símbolos muito significativos ao nosso país, para marcar o fim do triénio da Juventude, a III Jornada Nacional da Juventude Ombaka 2022 e o início da nossa preparação para a Jornada Mundial da Juventude -Lisboa 2023”, escreve o bispo de Cabinda.
A Cruz da JMJ foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens, em abril de 1984, e marcou o início de uma peregrinação da juventude de todo o mundo; em 2000, o mesmo pontífice confiou aos jovens uma cópia do Ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
O anúncio da escolha de Lisboa como sede da próxima edição internacional da JMJ foi feito pelo Vaticano, a 27 de janeiro de 2019, no final da Jornada que decorreu no Panamá.
As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.