O exército israelita vai permitir, por três horas, a retirada de civis que se dirigem para o Sul da Faixa de Gaza, segundo uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
"As forças de defesa de Israel vão permitir hoje a passagem pela estrada Salah al Din, entre as 13h00 e as 16h00 [menos duas horas em Lisboa]. Para sua segurança, aproveite esse momento para se deslocar para o Sul, além de Wadi [cidade no centro de Gaza]", anunciou o porta-voz do exército israelita, Avichay Adraee, na rede social X.
O anúncio surge numa altura em que a comunidade internacional pede um cessar-fogo humanitário na guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas.
O conflito provocou, pelo menos, 9.250 mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.
Em 7 de outubro, o Hamas - classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.