O Presidente da República vai na noite desta terça-feira à Covilhã, para “apresentar pessoalmente” os sentimentos à família do agente da PSP, “logo que termine” a reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.
“Não queria deixar de dizer à família aquilo que, por maioria de razão, disse aos camaradas da PSP”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, já depois de se ter deslocado à esquadra da PSP de Alfragide para apresentar as condolências aos colegas do agente que morreu na segunda-feira, enaltecendo a forma como cumpriu a missão
“Fui visitar hoje, ao fim da manhã, a esquadra onde ele [Fábio Guerra] exercia as suas funções, e tive oportunidade de falar aos camaradas para testemunhar, por um lado o meu reconhecimento pela ação que é deles e dos seus camaradas, para garantir a segurança de todos os portugueses (…), por outro lado para fazer uma referência especial à forma como ele cumpriu a sua missão”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da iniciativa “Artistas no Palácio de Belém”, em Lisboa.
O Presidente da República apresentou as condolências ao efetivo da esquadra da PSP de Alfragide, que está a viver um momento “penoso” depois da morte de Fábio Guerra, de 27 anos, segunda-feira, no Hospital de São José, em Lisboa, na sequência das “graves lesões cerebrais” que sofreu quando foi agredido.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve na noite de segunda-feira três homens suspeitos do homicídio de um agente da PSP e agressões a outros quatro, na madrugada de sábado junto à discoteca MOME, em Lisboa.
De acordo com a PJ, as diligências “permitiram reunir fortes indícios da autoria dos crimes praticados e sustentaram a emissão, pela Autoridade Judiciária competente, de mandados de detenção, fora de flagrante delito”.
No sábado a PSP informou que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06:30, “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho”, tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.
Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de dez pessoas. Os outros três agentes agredidos tiveram alta hospitalar este domingo.
A Marinha divulgou também no sábado que “dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos, na via pública, junto de um espaço noturno, “tendo posteriormente informado as respetivas chefias” do sucedido.