O assunto dominante à escala global, continua a ser a pandemia de Covid-19. Estamos na véspera de um Conselho Europeu decisivo, para se perceber afinal que tipo de ajuda vão os Estados-membros receber. Se os 540 mil milhões de euros decididos pelo Eurogrupo - que tantas críticas merecem do sul da Europa, por irem agravar a dívida destes paíse - ou se um montante ainda mais elevado, e com melhores condições para quem receber o dinheiro.
As posições parecem muito extremadas. A Itália e a Espanha já fizeram saber que não aceitam compromissos mínimos e que, ou ganham todos, ou não ganha ninguém. Portugal gostou do que se conseguiu no Eurogrupo, mas também acha insuficiente, porque defende mais dinheiro, e com menos consequências para os Estados.
Numa altura em que ninguém se atreve a minimizar os efeitos económicos desta crise, a pergunta que se põe é: a urgência de soluções é compatível com mais braços-de-ferro e divisões que arrastam a adopção de medidas ?
25 de Abril confinado
No plano interno, falou-se da polémica em torno das comemorações do 25 de Abril, condicionadas pelo estado de emergência em vigor. Paulo Rangel a concorda com celebração da data no Parlamento, mas critica a forma como Ferro Rodrigues se tem pronunciado sobre a assunto. O eurodeputado social-democrata não poupa críticas ao presidente da Assembleia República e dá mesmo um exemplo: "Se as pessoas forem a Fátima e estiverem lá 100 pessoas ou 300 ou (se quiser) 1.500 no recinto, há uma distância física de quatro e de cinco metros. As pessoas são disciplinadas e sabem-se comportar. A questão é uma questão de respeito por todos e isso não aconteceu", considera Rangel. "Ferro Rodrigues não está à altura do cargo, nunca esteve, nunca foi imparcial, como foi Jaime Gama ou Almeida Santos ou Mota Amaral. E desta vez falou com uma pesporrência que é totalmente anti-democrática. Ele julga-se o dono da democracia, mas não é, está muito enganado", acrescenta o social-democrata.
Sobre este tema, o socialista Francisco Assis também concorda que se assinale no Parlamento o 25 de abril, mas vê razão para a discussão que se instalou. "Querer agora cavar aqui um fosso entre grandes defensores do 25 de Abril e adversários do 25 de Abril em torno disso é ridículo e é grave".
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