A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a origem do incêndio que atingiu o Cineteatro Florbela Espanca, em Vila Viçosa, no distrito de Évora, destruindo a cobertura do edifício, revelou nesta terça-feira fonte policial.
A mesma fonte indicou à agência Lusa que a investigação está a cargo da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora da PJ, que conta com o apoio de peritos do Laboratório de Polícia Científica (LPC).
Segundo a fonte da PJ, a investigação judiciária arrancou no local esta manhã.
Na segunda-feira, após o incêndio ter sido dado como dominado, o presidente da Câmara de Vila Viçosa disse aos jornalistas que o fogo destruiu a estrutura da cobertura, o teto falso e o sistema de AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado).
Segundo as declarações proferidas então por Inácio Esperança, as chamas eclodiram quando decorriam trabalhos na cobertura do edifício relacionados com a colocação de telas asfálticas nos tubos de escoamento de água.
As obras de reabilitação em curso neste cineteatro alentejano, com financiamento do programa operacional regional Alentejo 2020, deveriam terminar no início de dezembro, adiantou o autarca.
Com alerta para as autoridades às 17h35 de segunda-feira, o incêndio foi dado como dominado pouco mais de duas horas depois, às 19h50, de acordo com uma fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central.
As operações de socorro mobilizaram operacionais e meios de várias corporações de bombeiros da região, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da GNR, num total de 81 operacionais, apoiados por 29 veículos.
Inaugurado em 29 de julho de 1957, o equipamento, situado numa das principais artérias da localidade e que estava fechado há mais de 10 anos, é considerado pela autarquia como um "espaço de grande importância" para Vila Viçosa.