Foram quase quatro horas de reunião com mais de 20 economistas e, no final, um anúncio: será em breve que a Aliança Democrática vai apresentar um quadro macroeconómico, onde se perceberá como cada uma das propostas da coligação PSD/CDS será financiada. Luís Montenegro, líder do PSD, garantiu que a AD vai apresentar propostas credíveis e exequíveis.
“A trave-mestra das nossas propostas é o sentido de responsabilidade, não vamos alinhar em leilões de propostas, a ver quem dá mais”, disse Montenegro.
“Temos uma estratégia plausível e exequível. Vamos apresentar um cenário macroeconómico e o impacto de todas as nossas medidas”, assegurou o social-democrata, quando questionado sobre como vai financiar as medidas da coligação.
Entre as várias medidas apresentadas estão algumas daquelas que o PSD tem vindo a defender nos últimos tempos, como a redução do IRS para a classe média, a aposta no IRS Jovem e ainda a redução das taxas de IRC.
São medidas que, segundo o líder do PSD, têm cabimento orçamental e não vão colocar em causa o equilíbrio das contas públicas. Luís Montenegro garantiu ainda que não vai cortar em nada, apenas gerir melhor os dinheiros públicos.
“As propostas que vamos apresentar são realistas, têm toda a possibilidade de serem executadas e não vão penalizar o equilíbrio das contas públicas”, garantiu o líder do PSD.
Luís Montenegro assegurou que a prioridade da AD será ter menos impostos e mais serviços públicos, que irão passar pelo regresso das parcerias público-privadas na saúde. Ao lado de Nuno Melo, líder do CDS, Montenegro falou ainda na aposta nos contratos de associação na educação.
Já Nuno Melo, que também esteve na reunião com os economistas, sublinhou que o calendário da divulgação das medidas será definido pela AD e que “as ideias apresentam-se depois de ouvidos os melhores e pesadas todas as responsabilidades”.