Santos Silva volta a garantir que ciclone Idai não vitimou portugueses
19-03-2019 - 13:42
 • Ana Rodrigues com Renascença

A passagem do ciclone Idai na Beira, Moçambique, fez 84 mortos. Na região da Beira devem residir cerca de 2.500 portugueses.

O Governo voltou a garantir esta terça-feira que não há, por agora, registo de portugueses entre as vítimas das inundações causadas pelo ciclone Idai em Moçambique, mas lembra que muitos ficaram sem casa.

Esta terça-feira de manhã, no final da reunião da concertação social, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, garantiu aos jornalistas que os portugueses afetados estão a receber apoio da embaixada de Portugal em Maputo.

"Nós fizemos deslocar uma primeira equipa avançada da nossa embaixada. Essa equipa, no domingo e ontem, bateu, sistematicamente, os hospitais, as clinicas e outras instalações públicas na Beira, para verificar se havia portugueses nelas internados. Também se procedeu aos contactos com a nossa comunidade, através das suas associações, e, até hoje de manhã, felizmente, o registo é que não há nenhum português entre as vítimas”, explicou Santos Silva, lembrando que ainda decorreu “uma primeira fase de levantamento”.

A passagem do ciclone Idai na Beira, Moçambique, fez 84 mortos.

Na região da Beira devem residir cerca de 2.500 portugueses, de acordo com o gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

O ciclone atingiu a Beira na quinta-feira, tendo seguido depois para oeste, em direção ao Zimbabué e ao Malaui, afetando mais alguns milhares de pessoas, em particular nas zonas orientais da fronteira com Moçambique.

A passagem do ciclone Idai por Moçambique, Zimbabué e Malaui causou mais de 200 mortos, centenas estão desaparecidas e dezenas de milhar isoladas.

O ciclone Idai afetou mais de 1,5 milhões de pessoas naqueles três países, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) e os governos dos três estados africanos.