O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta sexta-feira que é necessário “respeitar as instituições” e deixar a comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP fazer o seu trabalho.
Em declarações aos jornalistas em Lisboa, o chefe de Governo disse entender que a CPI “tem evoluído”, mas aponta que não percebe o que o agora ministro das Infraestruturas tem a ver com a gestão da TAP entre 2020 e 2022, que é o objeto de escrutínio da comissão.
“A comissão de inquérito abrange um período entre 2020 e 2022. O senhor ministro João Galamba na altura era secretário de estado da Energia. Não vejo o que tem que ver com a TAP entre 2020 e 2022”, disse.
Ainda assim, António Costa indicou ainda que vai deixar a comissão trabalhar: “Devo respeitar a Assembleia da República e deixar a comissão de inquérito fazer o seu trabalho, ouvir quem tem de ouvir, investigar o que tem a investigar e depois, em função das conclusões, veremos se há alguma ilação a retirar”.
Costa deixou ainda um aviso sobre o SIS: “Temos de nos habituar a respeitar as instituições”. “Tem sido tradição dos governos fazer escolhas criteriosas quanto a quem dirige o serviço de informações”, acrescentou.
“Não conheço censura sobre os serviços de informações”, disse o primeiro-ministro, que não comentou a troca de processos com o ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.