Aumentar a produtividade para conseguir subir salários. Foi com esta ideia que o presidente da CIP abriu o discurso da última edição do ano do Conversas da Bolsa, no Porto.
Armindo Monteiro propõe "aos candidatos a chefe de Governo este desafio até 2030" e sublinha que "precisamos de criar uma nação mais empreendedora".
O empresário mostra-se "envergonhado por estarmos constantemente de mão estendida para Bruxelas" e revela não sentir "orgulho por sermos um país que vive à conta dos subsídios".
"Fazemos parte de uma Comissão Europeia onde tentamos ser elegíveis para o próximo quadro comunitário de apoio. O nosso desígnio nacional é sermos elegíveis".
O responsável da CIP lança ainda uma provocação e diz "é preciso que os portugueses se qualifiquem e não é só no futebol".
Armindo Monteiro sublinha que o país precisa de "pensar em questões como, por exemplo, as reformas. Mas ninguém quer falar em reformas porque as faz perder eleições".
Numa altura de crise política e com eleições à porta, o presidente da CIP sublinha que é preciso "exigir dos partidos políticos" e "despertar consciências". E, fala ainda da importância do Orçamento de Estado, que diz ser "o principal instrumento de política económica para um país" e "infelizmente só se fala no equilíbrio das contas".
Armindo Monteiro espera que "o Governo que resulte das próximas eleições, entenda que não pode desperdiçar o Orçamento de Estado enquanto política económica. Não pode ser apenas um instrumento para declarar impostos, para cobrar e autorizar despesas para serem realizadas".
"Estamos se calhar a ver só o início do iceberg e é preciso travarmos isto já, exigindo respeito pelas instituições, fomentando o respeito pelas instituições".
"Precisamos de ver futuro, num país que às vezes parece perdido. Precisamos de mudar, precisamos transformar", remata o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, num discurso em mais uma edição do Conversa na Bolsa, no Palácio da Bolsa, no Porto.