A ONU alertou esta sexta-feira para o facto de as emissões globais de CO2 estarem prestes a crescer 13,7% até 2030, em comparação com 2010, em vez de caírem 50%, se fossem cumpridos limites de tratados.
Os dados, revelados no âmbito da conferência climática COP26, em Glasgow, pertencem a uma análise preliminar da ONU e derivam dos novos compromissos assumidos por 14 países e da atualização das 166 partes que fizeram uma revisão em alta dos seus objetivos, do total das 193 partes que assinaram o Acordo de Paris de 2015.
Apesar de tudo, esta projeção é ligeiramente inferior ao aumento de 16% nas emissões de CO2 para o final desta década, estimado antes das 14 novas Contribuições Apuradas a Nível Nacional, segundo informações distribuídas pela responsável pelo departamento de Clima das Nações Unidas, a mexicano Patricia Espinosa.
Os compromissos usados para atualizar esta previsão vêm da Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bahrein, Brasil, Chade, China, Gana, Iraque, Japão, Nauru, Paquistão, Saint Kitts e Nevis e Uzbequistão.
Esta semana, a organização científica Global Carbon Budget também anunciou que as emissões de dióxido de carbono vão recuperar em 2021 para perto dos níveis anteriores à pandemia de covid-19, após terem sofrido uma queda de 5,4% em 2020.
A concentração de CO2 na atmosfera deve chegar a 414,7 partes por milhão (ppm) em 2021, um valor que é 49% superior aos níveis pré-industriais, quando era de 277 ppm.