Marcelo Rebelo de Sousa apela a um esforço das autarquias para que garantam as estruturas necessárias para que todos os eleitores possam exercer o direito de voto nas próximas Legislativas.
O Presidente da República antecipa umas eleições com um maior número de pessoas em isolamento do que nas últimas Presidenciais. Por isso, Marcelo diz que se exige às autarquias “estruturas antecipadas, porque, no ano passado, foi tudo em cima da hora”.
Uma “sobrecarga brutal para as autarquias”, reconhece o Presidente da República, “mas que tem de ser feito, porque a ideia é ter o maior número de portugueses a votar. Eleitores que o devem poder fazer, independentemente de estarem, ou não, isolados”.
“À primeira vez foi um pouco o improviso. À segunda, a pressão é maior, mas temos de estar organizados para isso”, conclui.
Em declarações aos jornalistas, após uma visita a famílias migrantes no Centro Social e Paroquial da Costa de Caparica, Marcelo disse acreditar que a próxima campanha eleitoral vai ser melhor do que a das Presidenciais.
“A campanha que eu tive em janeiro do ano passado era com um galope impressionante do número de mortos e de internados e, mesmo assim, foi feita. Mas foi, sobretudo, uma campanha de debates televisivos e radiofónicos. Este ano vai ser um pouco assim, mas há mais espaço para mais campanha do que no ano passado”, explicou o Presidente da República.
O chefe de Estado não quis antecipar o resultado das eleições, mas sublinhou que “o importante é que se consiga conciliar a pluralidade de opiniões, com uma previsibilidade na vida política. Todos queremos não ter eleições todos os anos ou de dois em dois anos”.
A presidente da Associação Nacional de Municípios de Portugal (ANMP) garante todas as condições de segurança na recolha do voto antecipado nas legislativas de 30 de janeiro de 2022.
Apesar da vaga da pandemia, presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, disse à Renascença na quinta-feira que não há motivo para acreditar que possa haver falhas.
“Apesar de vivermos num cenário extraordinário, difícil, e de a pandemia estar a apresentar números mais elevados, não deixaremos de criar as condições para que o exercício do voto se faça em condições de segurança”, assegura.