Missil da Coreia do Norte sobrevoa Japão
28-08-2017 - 22:38

Autoridades de Tóquio falam numa "ameaça grave e sem precedentes".

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A Coreia do Norte disparou esta segunda-feira um míssil balístico que sobrevoou a região Norte do Japão, avança o Governo de Tóquio.

O sistema de aviso “J-Alert” foi accionado para que a população procurasse abrigo e tomasse precauções.

Mas o míssil partiu-se em três e acabou por cair no mar. Não há indícios de estragos, avança a televisão estatal japonesa NHK.

O míssil norte-coreano despenhou-se cerca de mil quilómetros ao largo de Hokkaido.

As Forças Armadas japonesas não tentaram abater o projéctil, que sobrevoou o país às 6h06 da manhã, eram 22h06 em Lisboa.

A Coreia do Norte volta a testar a paciência da comunidade internacional com o seu programa de armamento.

Numa primeira reacção ao teste realizado esta segunda-feira, o Japão fala numa "ameaça grave e sem precedentes".

O primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, anunciou que vai pedir às Nações Unidas um aumento da pressão sobre a Coreia do Norte.

De acordo com a Coreia do Sul, o míssil foi lançado da zona de Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, voou 2.700 quilómetros e alcançou uma altitude de 550 quilómetros.

O porta-voz do Pentágono, coronel Robert Manning, já confirmou que o míssil sobrevoou o Japão, mas sublinha que não representou uma ameaça aos Estados Unidos. O militar norte-americano não revelou mais pormenores.

No sábado, o regime de Pyongyang, liderado por Kim Jong-un, tinha disparado três mísseis de curto alcance, mas o teste não terá sido bem-sucedido.

A Coreia do Norte tem realizado testes com mísseis, mas normalmente sem sobrevoar território japonês.

Devido à escalada de tensão na Península Coreana, o Japão tem realizado exercícios com a população para o caso de um ataque e instalou baterias anti-míssil em vários pontos do país, nomeadamente em Tóquio.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, avisou este mês que a Coreia do Norte enfrentará "fogo e fúria como o mundo nunca viu" se voltar a fazer ameaças aos aliados de Washington.

Kim Jong-un respondeu com a possibilidade de ataque à ilha de Guam, um território americano no Pacífico.