Uma fragata russa incendiou-se na ilha de Zmeiny, no Mar Negro, e algumas agências ucranianas locais atribuem o incidente ao impacto de um míssil lançado pelo exército ucraniano.
Segundo a agência ucraniana Dumskaya, a fragata russa 'Almirante Makarov' foi alvo de uma explosão que provocou um incêndio, num incidente que terá acontecido na quinta-feira, e que foi atribuído ao impacto de um míssil do tipo Neptuno, lançado pelas forças militares ucranianas.
A agência observou que estavam vários aviões russos a sobrevoar esta área do Mar Negro e que navios de resgate foram chamados para ajudar o navio de guerra em chamas.
Um deputado ucraniano, Oleksiy Goncharenko, confirmou o incidente com a fragata numa mensagem publicada na rede Telegram, observando que "outro navio de guerra russo teve o que merecia".
Também a imprensa local destacou que os dados atualizados do Estado-maior ucraniano, hoje publicados, especificam que os russos perderam outro importante navio de guerra.
Segundo as fontes, a fragata danificada está ao serviço da frota russa do Mar Negro e faz parte da 30ª divisão de navios de superfície (os submarinos também são chamados navios).
Segundo avançou hoje o site da revista Forbes, com este incidente, a juntar-se ao naufrágio do cruzador de mísseis 'Moskva', causado por mísseis ucranianos, em 14 de abril, a frota russa do Mar Negro fica reduzida a apenas três grandes navios de superfície de combate.
A 'Almirante Makarov' era considerada a mais importante da frota depois do naufrágio do "Moskva'.
O 'Moskva' afundou-se a 13 de abril, após um incidente que os russos atribuíram a um acidente fortuito e os ucranianos a um ataque com vários dos seus mísseis.
Encomendada em 2017, o 'Almirante Makarov' foi o terceiro e último navio da sua classe, mas também o mais moderno.
Todas as três fragatas da classe pertencem à frota do Mar Negro. Armadas com 24 mísseis terra-ar de médio alcance Buk e oito mísseis de cruzeiro Kalibr, todos em células verticais, as fragatas podem escoltar outras embarcações e também atacar alvos em terra.
Embora a Rússia ainda não se tenha pronunciado sobre o incidente, esta poderá ser a segunda mais grave perda da armada russa no Mar Negro desde que Moscovo invadiu a Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.