O Governo da Madeira vai avaliar esta semana a necessidade de continuar a testar massivamente a população a cada semana, depois de as autoridades de saúde perspetivarem uma estabilização do número de casos, disse o secretário do setor este domingo.
"Vamos ver se há necessidade de continuar com testagem massiva [da população]. Vai ser analisada na próxima semana", numa reunião entre o Governo Regional e os responsáveis da área da saúde da Madeira, anunciou Pedro Ramos no Porto Santo, ilha onde este domingo teve início a campanha de vacinação de crianças entre os cinco e os 11 anos.
Questionado sobre a revisão das medidas de combate à pandemia da Covid-19 no arquipélago, o governante recordou que a deliberação do executivo madeirense está em vigor até 15 de janeiro e que serão avaliadas "quais as recomendações para a próxima quinzena".
"A unidade de emergência de saúde pública confidenciou que não se prevê muito mais aumento. Vamos ter alguma estabilidade", afirmou o responsável.
Pedro Ramos argumentou que a região mantém cerca de "um milhar de casos por dia, quando chegou ao fim da primeira semana após as comemorações da passagem do ano".
Entre as medidas a analisar, indicou a necessidade de continuar a testar semanalmente a população, visto que 87% dos residentes já têm vacinação completa e 89% iniciou o processo de inoculação.
"A [variante] Ómicron tem sido responsável por esta disseminação rápida e fácil de toda população, mas sem grande gravidade", sublinhou.
O secretário destacou que a Madeira continua "com capacidade hospitalar disponível", dispondo de 150 camas relacionadas em áreas dedicadas à Covid-19, das quais 15 nos cuidados intensivos, que pode ser aumentada em serviços polivalentes em caso de necessidade.
"Neste momento não há muita pressão", disse, sublinhando que o aumento de casos não corresponde ao acréscimo da gravidade da doença.
Fazendo um ponto da situação epidemiológica na Madeira, Pedro Ramos enunciou que a região tem confirmados 31.099 casos, mais de 10 mil situações ativas, 21.238 recuperados, 88 hospitalizados (quatro na unidade de cuidados intensivos) e 140 óbitos associados à doença.
Também mencionou que existem 144 infetados na área da Educação, "a maioria alunos", visto que a comunidade docente e não docente "está toda vacinada", insistindo na importância da vacinação como forma de proteção contra a doença.
Por isso, sustentou que "o Governo Regional não está arrependido de não ter adiado a abertura das escolas" em 03 de janeiro, ao contrário do que aconteceu no restante território nacional, onde as aulas são retomadas na segunda-feira.
Sobre o processo de vacinação de crianças, realçou que, até 02 de janeiro, tinham sido inoculadas 3.095, o que representa "25% da população elegível" (superior a 14 mil).
Pedro Ramos apontou que na região foram já administraras 64.086 terceiras doses da vacina, o que correspondente a 25% da população da região, estimada na ordem dos 252 mil residentes.