"É tempo de ter alguém preparado, alguém que tenha tido a experiência de decidir, de escolher, de tomar decisões, de dialogar. Pedro Nuno Santos tem essa preparação. Isso é fundamental para a confiança que queremos ter no nosso futuro", assinala o ainda primeiro-ministro.
No curto tempo de antena, António Costa afirma que foi o seu governo que devolveu aos pensionistas as pensões que tinham sido cortadas no tempo da governação PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho.
"Ninguém melhor do que os pensionistas sabe qual é a verdade, e a verdade é que o PS lhes devolveu as pensões que tinham sido cortadas. Os outros iam "além da troika"", ironizou o primeiro-ministro demissionário.
Costa sublinha que os quatro anos da governação de Passos Coelho "demonstraram que a austeridade nem permitia crescer, nem pagar pensões, nem aumentar salários, nem ter as contas certas". .
"A viragem da página da austeridade foi essencial para tudo isto, foi derrubando os muros à esquerda e conquistando a confiança na Europa que nós conseguimos chegar onde estamos hoje", salientou ainda o chefe do executivo.
António Costa demitiu-se da chefia do Governo na sequência da operação Influencer, que investiga suspeitas de corrupção, apesar de não ser arguido nem lhe terem sido apontados quaisquer atos ilegais.
Pedro Nuno Santos protagonizou um dos atos de maior rebeldia durante os oitos anos de governação socialistas, ao anunciar, a 29 de junho de 2022, que a nova solução aeroportuária para Lisboa passava pela construção de um novo aeroporto no Montijo à revelia de António Costa, que se tinha comprometido com o líder do PSD a encontrar uma solução de consenso relativamente a esta matéria.
O agora líder socialista foi obrigado a recuar e manteve-se no Governo, como ministro das Infeaestruturas, até rebentar o caso da indemnização de 500 mil euros paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis, invocando a "perceção pública" e o "sentimento coletivo" gerados em torno do caso. .
Apesar dos momentos de tensão entre Costa e Pedro Nuno, os dois já apareceram juntos algumas vezes, tendo o ainda primeiro-ministro recebido o agora líder socialista logo após a sua eleição à porta da sede nacional do PS, em Lisboa, para a passagem de testemunho.